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"Não basta fazer coisas boas. É preciso fazê-las bem.!"

01/03/2011

Cântico dos Cânticos


De acordo com o título em 1.1, o cântico dos cânticos foi escrito por Salomão, filho do Rei Davi. Pode-se dizer que é "de Salomão", pois a expressão hebraica "de Salomão"(1.1) pode ser traduzida "de" Salomão (como o seu autor) ou "para Salomão (como a pessoa à qual o livro é dedicado). A opinião tradicional entre judeus é a de que Salomão foi o seu autor (Cf. 1Rs.4.32), para os católicos este livro pertence ao agrupamento dos Sapienciais, que condensam a sabedoria infundida por Deus no povo de Israel, como pertence ao grupo dos sapienciais recebe como autor a figura simbólica de Salomão, o modelo da sabedoria em Israel, tem sua escrita estimada por volta do ano 400 a.C, e constitui-se de uma coletânea de hinos núpcias.

Segundo a Edição Pastoral da Bíblia, o livro é uma coleção de cantos populares de amor, usados talvez em festas de casamento, em que noivo e noiva eram chamados de rei e rainha, que foram reunidos, formando uma espécie de drama poético, e atribuídos ao rei Salomão, reconhecido em Israel como patrono da literatura sapiencial. A forma final do livro, remonta ao século V ou IV AC[1].

A Tradução Ecumênica da Bíblia sustenta que seu autor certamente não é Salomão[4].Cânticos dos Cânticos é um livro curto com apenas oito capítulos. Apesar de sua brevidade, apresenta uma estrutura complexa que, por vezes, pode confundir o Leitor. Diferentes personagens têm voz, ou falam, nesse poema lírico. Em muitas traduções da Bíblia,[2][3] esses emissores alternam sua fala de modo inesperado, sem indicação ao leitor, dificultando, assim, sua leitura. Algumas versões, como a Almeida Revista e Atualizada e a Bíblia de Jerusalém, eliminam o problema com a indicação de quem está falando.

Os três participantes principais do poema são: (1) o noivo, o Rei (1,4.12)[5] Salomão, isto é, "o Pacífico" (3,7.9)[5]; (2); a noiva, mulher mencionada como "Sulamita" (6.13), a Pacificada[5], aquela que encontro a paz (8,10)[5]; e as "filhas de Jerusalém"(2.7). Tais mulheres devem ter sido escravas da realeza que serviam como criadas da noiva do rei Salomão. No poema, servem como coro para ecoar os sentimentos da Sulamita, enfatizando seu amor e afeição pelo noivo.

Além dos personagens principais, são mencionados os irmãos da Sulamita (8.8-9), que devem ter sido seus meio-irmãos. O poema indica que ela trabalhava, por ordem dos irmãos, como "guarda de vinhas" (1.6).

Essa canção de amor divide-se praticamente em duas seções principais com mais ou menos o mesmo tamanho. O início do Amor (Cap.1-4) e seu Amadurecimento (cap.5-8).

Por ser um poema escrito em uma linguagem considerada sensual, sua validade como texto bíblico já foi questionado ao longo dos tempos. O poema fala do amor entre o noivo e sua noiva. O nome de Deus só aparece nele de forma abreviada, em 8,6, "uma chama de Iah(weh)"[6].

A interpretação alegórica, segundo a qual o amor de Deus por Israel e o do povo por seu Deus são representados como as relações entre dois esposos, tornou-se comum entre os judeus a partir do séc. II DC, tal interpretação tem paralelo no tema da alegria nupcial que os profetas desenvolveram a partir de Oséias[5].

Orígenes seguia essa mesma linha, mas via as núpcias de Cristo com a Igreja, ou a união mística da alma com Deus[5], São João da Cruz teria o mesmo entendimento[7].

O poeta parece retomar a linguagem profética da aliança, como na expressão "procurar, encontrar" (3:1-2), além disso, a obra teria contatos com o Salmo 45[5].

Outros exegetas entendem que o livro celebra o amor mútuo e fiel, que sela o matrimônio abençoado por Deus[8].

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M. Rocha