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22/04/2023

Paulo e barnabé missionários em Jerusalém?

 



Por que a igreja em Antioquia enviou Paulo e Barnabé a Jerusalém? Seria esta superior àquela? De modo nenhum. Cada igreja local é autônoma. Quando a igreja em Antioquia enviou missionários, não consultou a igreja em Jerusalém. Mas era mister evitar que as igrejas se dividissem:

Antioquia pregando uma coisa, e Jerusalém, outra. Só existe um evangelho (Gl 1.8), o evangelho da graça, sem mistura alguma com a lei. Pedro e Tiago pensariam como Paulo ou como os judaizantes? A. T. Robertson comenta: “Paulo faria um esforço para esclarecer, os apóstolos e a todos os interessados, que ele não fora a Jerusalém para receber ordens de quem quer fosse. Fora apenas discorrer com eles, como igual, sobre essa grande questão da liberdade dos gentios nas igrejas”.

A igreja em Jerusalém (15.4), com os apóstolos e os anciãos, reuniu-se para ouvir Paulo e Barnabé. Estes relataram como Deus os usara na conversão dos gentios, sem nenhuma observância da lei mosaica. Mas alguns ex-fariseu “insurgiram-se” (At 15.5), verbo que mostra sua veemência. A tese destes era: “É necessário circuncidá-los e determina-lhes que observem a lei de Moisés”. O debate esquentou. Então, para almoçar ou para esfriar os ânimos, Tiago, que presidia a reunião, suspendeu-a momentaneamente.

Houve então uma reunião particular entre “os apóstolos e os presbíteros” (15.6). Apraz-nos pensar que Paulo, querendo evitar a interferência dos fariseus, solicitou essa segunda reunião, que envolveria somente os apóstolos e os presbíteros, a fim de a questão ser mais bem examinada. Então Paulo expôs “o seu evangelho” (Gl 2.2), que pregava entre os gentios, a Tiago, Cefas e João, “colunas” da igreja em Jerusalém (Gl 2.6). Estes nada acrescentaram a Paulo, não achando defeito em sua mensagem. Paulo escreveu a respeito: “[...] quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e

João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que fôssemos para os gentios e eles para a circuncisão” (Gl 2.9).

Mas o trecho de gálatas 2.4 leva-nos a crer que, entre os presbíteros, alguns inclinaram-se para a causa dos fariseus, talvez por motivo de medo. Paulo, opondo-se aos tais, chamou-os de “falsos irmãos”, ladrões da liberdade que o crente desfruta em Cristo. A dificuldade nasceu da presença de Tito, um crente grego. Talvez fosse de bom alvitre circuncidar a Tito, contemporizando assim com os fariseus. Mas Paulo opôs-se terminantemente (veja Gl 2.3). E mais tarde testificou: “[...] nem ainda por uma hora nos submetemos, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós” (Gl 2.5).



 ROBERTSON, Archibald T. Épocas na vida de Paulo, p. 126.

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M. Rocha