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"Não basta fazer coisas boas. É preciso fazê-las bem.!"

04/08/2009

PARA DEUS AGIR É NECESSÁRIO MUDANÇA DE ATITUDES




O texto começa a montar o cenário: que tinha um coxo que se acostumou diariamente a ficar em um determinado lugar: a porta do templo chamada Formosa. Esta porta ficava na parte leste do santuário e, provavelmente era conhecida como Coríntia, a qual dava acesso ao primeiro pátio inferior que era o pátio das mulheres. Ali era o limite máximo para um coxo permanecer no templo naquela época: “na porta, no lado de fora”. Pois o sacerdote não poderia ter defeitos físicos: (Lv. 21.18): “ Pois nenhum homem em que houver defeito se chegará: como homem cego, ou coxo, ou rosto mutilado, ou desproporcionado”. E certa vez quando Davi estava conquistando Sião (Jerusalém), o próprio Davi viu os deficientes como pessoas que atrapalhavam o desenvolvimento da sociedade, e por isto disse: “ todo o que está disposto a ferir os jebuseus suba pelo canal subterrâneo e fira os cegos e os coxos, a quem a alma de Davi aborrece ( Por isso, se diz: Nem cego nem coxo entrará na casa)” (2 Sm 5.8). O coxo que esmolava na porta do templo Formosa era recriminado, tanto pela religião como pela sociedade. Talvez você esteja se perguntando: E por Deus? Com certeza não, pois Jesus vivia no meio deles realizando várias curas.

Só que naquele dia, às três horas (hora nona) o coxo iria receber aquilo que talvez já tinha esquecido por causa do tempo, que um dia ele poderia andar, ser curado e restaurado.

1.2 Transição:
O que o texto nos mostra?

1.3 O coxo estava no lugar certo, mas agia de forma errada: O coxo tinha uma oportunidade que muitos da época gostaria: “de estar todos os dias no templo, na casa do Senhor”.A finalidade maior para qualquer pessoa ir ao templo tem que ser Deus. Mas a finalidade que levava o coxo ao templo todos os dias, não era Deus, e sim as esmolas. Muitas pessoas, infelizmente, têm agido da mesma forma no que diz respeito à casa do Senhor, pois, o seu prazer de ir a casa do Senhor não é Deus e sim um amigo, a necessidade de procurar uma namorada, ter um momento para conversar (na hora a pregação), ou por causa da teologia da troca: eu vim e agora eu tenho que receber. O salmo 84 revela três motivos que nos levam à casa do Senhor: Primeiro é o prazer: “ A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor” (v.2); segundo é o amor: “Quão amáveis são os teus tabernáculos” (v.1) e terceiro, a necessidade: “ Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade” (v. 10).

• O tempo acabou fazendo monótona a sua ida à Casa de Deus: Sem o prazer, sem o amor, sem a necessidade, e ter que ir à Casa de Deus somente por interesse, acabou deixando a vida religiosa do coxo completamente monótona: assentado à porta do templo, com cabeça baixa e se sentindo o pior de todos (sentimento de inferioridade) . Olha como ficou a vida daquele coxo na casa de Deus depois que ele foi curado: “de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus”. O que lhe faltava era ter uma experiência com Deus. Quantas pessoas que entraram em um ritual de ir e vir da casa de Deus que ainda não têm nenhuma experiência com Deus para se alegrar e testemunhar para os outros que Deus fez algo em suas vidas?

• A síndrome de Gabriela (conformismo): “eu nasci assim, vou ser sempre assim”. Quantas pessoas estão vivendo uma vida de comodismo: Ah! Eu não tenho dom, eu não sou capaz, eu sou limitado. Pare com isto meu irmão! Dê um salto, e se ponha de pé” e comece a pedir a Deus uma experiência espiritual. Passe a buscar a sua própria unção e deixe de correr atrás da unção dos outros, porque a necessidade da unção dos outros e a falta de ter a sua própria unção faz de você uma presa fácil para com os falsos profetas. Quantas pessoas já foram enganadas por falsas profecias, e continuam sendo enganadas primeiramente, porque não querem aceitar que sofreram uma decepção, mas lembre-se: foram decepcionadas pelo homem e não por Deus, porque aquilo que Deus promete, ele cumpre. Segundo por causa do comodismo de depender da unção e da oração dos outros.

1.4 Pedro e João fitaram os olhos no coxo:
É o mesmo que fixaram, ou olharam mutuamente para o coxo. Na verdade, a primeira atitude do ser humano quando vê que alguém deficiente vai lhe pedir uma esmola é virar o rosto, é dar as costas, é fazer que não está vendo. Só que a atitude de Pedro e João foi outra: eles olharam firmemente para o coxo... Olho no olho.

• Deus jamais irá das as costas para os seus problemas e o seu sofrimento: Pedro e João eram agentes de Deus naquele momento. O coxo tinha um grande problema, e eles não deram as costas, pelo contrário, eles encararam o problema. Quantas vezes, quando você estava atravessando um momento difícil, nestas horas em que você mais precisou as pessoas lhe viraram as costas. Mas uma coisa gostaria de lhe falar: Deus jamais irá virar as costas para os seus problemas, o seu sofrimento: “ No dia em que o Senhor vier a dar-te descanso do teu sofrimento, das tuas angústias...” (Is.14.3).

1.5 O coxo olhou atentamente, esperando alguma coisa:
Na verdade esta frase abre uma lacuna no que o coxo estava esperando: talvez uma resposta grosseira: vá trabalhar vagabundo! Eu não tenho culpa de você ter nascido assim; ou talvez esperava receber uma boa esmola, mas mesmo recebendo uma boa esmola o coxo iria continuar sendo coxo. Pedro então disse: não tenho cousas materiais: prata e ouro. Mas tenho Jesus de Nazaré, tenho fé! Mesmo depois de proferir as palavras de cura Pedro teve que tomar pela mão direita e levantar. Isto mostra que Deus não faz a obra pela metade.

1.6 Conclusão:
Vimos então que o coxo de nascença já tinha perdido a esperança de um dia voltar a andar. O tempo acaba sendo nosso inimigo quando estamos esperando algo de Deus, pois, quanto mais demora, mais longe parece ficar das nossas mãos a esperança ou o sonho. Mas, lembre-se: se Deus não esqueceu de um coxo de nascença e o fez andar sendo que jamais tinha andado, da mesma forma Ele nunca se esqueceu de você. Pense Nisso!


Pr. Orlando Carrafa dos Santos
prcarrafa@hotmail.com

30/07/2009

Abuso da doutrina da graça que leva a uma vida religiosa pecaminosa, indolente e frouxa.



Se vocês tivessem oportunidade de ler as muitas epístolas que os antigos pais da Igreja escreveram, então
descobririam que eles sempre se dirigiram ao povo de Deus chamando-os de “os eleitos”. De fato, o vocábulo
comumente utilizado nas conversações diárias, entre muitos daqueles cristãos primitivos, para aludirem uns
aos outros, era “eleito”. Com grande freqúência empregavam o termo para se dirigirem uns aos outros,
ficando assim demonstrado que eles acreditavam que todo o povo de Deus manifestamente se compõe de
“eleitos” do Senhor.
No entanto, passemos a examinar os versiculos bíblicos que provarão, de forma positiva, a veracidade
dessa doutrina. Abram suas Bíblias no trecho de João 15:16, e ali vocês observarão que Jesus Cristo escolheu
o Seu povo, pois Ele mesmo declara: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos
escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que
tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”. E em seguida, no versículo 19 desse mesmo
capítulo, assegura o Senhor: “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não
sois do mundo, pelo contrário dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia”.
Verifiquem também o que está escrito em J0ã0 17:8, 9: ..... porque eu lhes tenho transmitido as palavras
que me deste, e eles as receberam e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste.
É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”. E abramos
ainda as nossas Bíblias na passagem de Atos 13:48: “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam
a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna”. Se certos indivíduos
quiserem dissecar em pedacinhos miúdos essa passagem, poderão fazê-lo; mas o fato inegável é que ela diz
“destinados para a vida eterna”, no original grego, tão claramente como é possível dizê-lo; e não nos
importamos com todos os comentários em contrário que têm surgido. Vocês quase nem precisam ser
relembrados a respeito do que ensina o capítulo 8 da epístola aos Romanos, porque confio que vocês estão
perfeitamente familiarizados com aquele capítulo, e que, por esta altura dos acontecimentos, já o estão
compreendendo perfeitamente bem. Lemos ali, nos versículos 29 e seguintes: “Porquanto aos que de antemão
conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses
também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Que diremos, pois, á vista destas cousas?
Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o
entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as cousas? Quem intentará acusação contra
os eleitos de Deus? Deus quem os justifica”.
( Charles H. Spurgeon)

ELEIÇÃO




“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos
escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também
vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (II
Tessalonicenses 2:13,14).
Ainda que na Palavra sagrada não houvesse outro texto, além deste, penso que todos nós estaríamos na
obrigação de reconhecer e aceitar a veracidade daquela grande e gloriosa doutrina que declara que, desde o
principio, Deus escolheu a Sua própria família. Entretanto, parece haver na mente humana um arraigado
preconceito contra essa doutrina. Pois embora quase todas as demais doutrinas sejam recebidas pelos crentes
professos, algumas delas acolhidas com cautela e outras com deleite, contudo, no caso dessa doutrina, com
frequência verifica-se desconsideração e repúdio. Em muitos dos nossos púlpitos, muitos considerariam um
grave erro, uma traição mesmo, se alguém pregasse um sermão a respeito da eleição, porquanto eles não
poderiam extrair dali um discurso “prático”, conforme asseveram. Mas é exatamente quanto a esse particular
que penso que eles se desviaram da verdade.
Tudo quanto Deus nos tem revelado, tem-no feito com um propósito em mente. Nada existe nas Escrituras
que, sob a influência do Espírito de Deus, não possa ser transformado em um discurso prático, porquanto
“toda a Escritura” foi dada mediante inspiração divina, e é “proveitosa” para algum propósito espiritualmente
útil. É verdade que um tema desses não pode ser transformado em um sermão acerca do livre-arbítrio
humano — disso sabemos perfeitamente bem —embora possa ser utilizado como base de um prático discurso
sobre a graça gratuita de Deus. E a prática do ensino da graça gratuita é o melhor procedimento possível,
quando as autênticas doutrinas a respeito do imutável amor de Deus passam a exercer a sua influência sobre
os corações dos santos e dos pecadores.
( Charles H. Spurgeon)

16/07/2009

Exemplo



"Espera do teu filho o mesmo que fizeste a teu pai", dizia Tales de Mileto. - Fonte: Pense Nisso info@pensenisso.com


Ilustração de Arthur Cowley: "Ontem à noite o meu filhinho me confessou um erro seu, um pecadinho. E ajoelhou-se, orando triste, desta maneira: "Permite, ó Pai, que eu seja um homem sábio e forte como papai". Dormiu. Então, junto a seu leito ajoelhei-me, e vendo o mal dentro do meu peito, assim orei: "Ó Deus, transforma- me em criança, como esta aqui, tão pura e cheia de confiança em Ti, meu Deus!"


Conta-se que certo líder da igreja (líder de célula?) tinha um filho muito rebelde. Preocupado com a situação, convidou o pastor para almoçar em sua casa e ajudá-lo com alguns conselhos. À mesa, o garoto ficou em volta do pastor, examinando-o curiosamente a procura de algo. Espantado com o gesto estranho da criança, o pastor lhe perguntou amavelmente o que desejava. "Eu estou procurando sua outra cara... o papai sempre chega da igreja reclamando e dizendo que o pastor tem duas caras". Hehehe. Não podemos esperar que os nossos filhos aprendam a obedecer sem o nosso exemplo.


A melhor proteção para a geração mais jovem é um bom exemplo da geração mais velha.


Quando Nabal estava sóbrio, Abigail contou tudo da vingança de Davi, até sua oferta que deu a Davi. Ela demonstrou uma tremenda coragem em não esconder o que ela tinha feito, mas ela estava certa. Ela não podia deixar Nabal pensar que ele agiu certo, que ele triunfou sobre Davi. Ela corajosamente demonstrou o desastre que Nabal quase provocou. Quando uma mulher aceita as ações e atitudes abusivas do marido, sem tentar fazer com que ele entenda que está destruindo a vida dos outros, ela está contribuindo para o mal. Abigail não deixou a grosseria de Nabal destruir sua vida ou seu valor como um ser humano. É importante destacar que Abigail teve a sabedoria de conversar com Nabal quando ele estava sóbrio, calmo. Se você está casada com um Nabal, olhe o exemplo de Abigail.


À noite, enquanto o marido lê o jornal, a esposa comenta: - "Você já percebeu como vive o casal que mora aí em frente? Parecem dois namorados! Todos os dias, quando chega em casa, ele traz flores para ela, abraça-a e os dois ficam se beijando apaixonadamente. Por que você não faz o mesmo?" - "Mas, querida, eu mal conheço aquela mulher!"


Li a história de um menino, que caminhava na chuva, sobre as marcas dos pés de seu pai, deixadas na lama. Em poucos minutos o menino chegou ao bar onde encontrou o pai se embriagando. O pai ao ver o filhinho de 6 anos chegar sozinho ao boteco, perguntou: "Filho, como foi que você chegou até aqui?" O menino respondeu: "Vim seguindo os seus passos, deixados na lama". O pai pensou muito no mau exemplo que estava dando para o seu filho, mas já não tinha forças para deixar o vício. Mais tarde na vida, seguindo os passos do pai, o menino começou muito cedo a beber e também se tornou um alcoólatra. São exemplos que muitos pais estão dando para os seus filhos. (Joaze Gonzaga de Paula, em O Jornal Batista, pg 7 - 11 a 17/02/2002).


A filosofia dos escribas e fariseus nos dias de Jesus era: “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Ao que Jesus... (veja Lc 11.46).


Conta-se que Abraão Lincoln, quando presidente dos Estados Unidos, certa vez recusou-se a receber uma pessoa. Sua secretária lhe perguntou o porquê. Lincoln respondeu: "Não vou com a cara dele". "Mas, presidente, que culpa o homem tem de ter a cara que tem?", perguntou a secretária. A resposta de Lincoln foi singular: "Depois dos quarenta anos, um homem é responsável pela cara que tem". Estava certo.


Uma trovinha: "Essa criança que hoje, vacilante,/Te estende as mãozinhas, insegura.../Aguarda uma palavra edificante./Um bom exemplo é tudo o que procura!" (Eugênio Correa de Souza, em O Jornal Batista, pg 9 - 22 a 28/10/2001).


"Só existe uma coisa mais dolorosa do que aprender com a experiência: não aprender com a experiência". Archibald McLeish


Nada é mais perigoso que um bom conselho acompanhado de um mau exemplo.


Coelho Neto dizia: "Um pai, ainda o mais pobre, tem sempre uma riqueza para deixar aos filhos: o exemplo". E sabemos, o exemplo fala mais alto que as palavras.


A frase é do papa Paulo VI, mas nem por isso é inválida: "Os jovens de hoje não querem mestres, querem testemunhas". Querem pessoas que creiam nos valores que propagam.


Um provérbio árabe diz: "Se o pai for a cebola e a mãe o alho, como pode o filho cheirar como um doce perfume?"


Os filhos são ariscos, mais do que os peixes. Eles observam os exemplos dos pais. E, quando menos se espera, eles escapam. - Timofei Diacov, em O Jornal Batista.


Um pai sempre ia tomar cachaça numa tendinha. Seu filho ia atrás colocando os pés nas marcas dos seus pés. Resultado, o filho tornou-se tal qual ele: um bêbado.


"Só existe uma maneira segura de fazer com que a criança ande pelo caminho reto: consiste em você trilhar este mesmo caminho". Abraham Lincoln, 16º presidente, abolicionista, que morreu assassinado, EUA, 1809-1865.


Um pensador disse que "nada penetra tão profundamente o espírito humano, quanto o exemplo". De fato.


O jovem buscou batismo numa igreja evangélica. Na profissão de fé, perguntaram-lhe: "Como se deu sua conversão?". Ele respondeu: "Pela leitura do quinto evangelho". Os irmãos estranharam, enquanto o jovem concluía: "Eu li o evangelho na vida de minha mãe". As pessoas à sua volta lêem a Bíblia através de sua vida?


“Só há um modo de fazermos com que a criança trilhe o caminho certo: trilhando este caminho nós mesmos.” Abraão Lincoln. 9/4/07


"Se o horário oficial no Brasil é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?" 10/4/07


"Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única." Albert Schweitzer. 21/5/07


Veja que matéria interessante da revista Aventuras na História - Editora Abril: Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Respeitar os pecados capitais (criados pela própria Igreja) nem sempre foi prioridade no Vaticano. No século 6, o papa Gregório I fez uma lista com sete pecados capitais. O catálogo hoje faz parte da doutrina da Igreja: gula, avareza, inveja, ira, soberba, luxúria e preguiça. Os fiéis sempre foram orientados a não ceder a nenhum deles. Apesar disso, é possível identificar pelo menos seis pecados capitais na história do Vaticano - o da preguiça, se houve, ficou bem disfarçado dentro dos domínios da Igreja. GULA - Vários papas são conhecidos por ter protagonizado banquetes pantagruélicos. Há até um caso em que a gula está ligada à morte de um pontífice. Em 1471, Paulo II caiu duro logo após comer dois grandes melões sozinho - há suspeita de que ele tenha sido envenenado. AVAREZA - O maior exemplo da sede de riqueza dos papas é a Doação de Constantino, forjada por volta do ano 800. Imitando um decreto do imperador romano, que vivera 500 anos antes, o falso documento simplesmente doava toda a Europa Ocidental ao papado. Até o fim da Idade Média, muita gente acreditou na farsa. INVEJA - Em busca do cargo máximo da Igreja, alguns pontífices são acusados de ter mandado matar seus antecessores. O caso mais impressionante é o de Bonifácio VII, que nem precisou de intermediários. Em 974, ele mesmo estrangulou Bento VI para tomar seu lugar. IRA - Durante o Renascimento, papas não só declaravam guerra como partiam pessoalmente para a briga. Um exemplo foi Júlio II, que chegou a bater até em seus aliados. Certa vez, espancou cardeais que não quiseram segui-lo numa cavalgada pela neve. SOBERBA - Em 1870, o Concílio Vaticano I (reunião de cúpula da Igreja) declarou que o papa seria infalível em questões de ética e fé. Ao se pronunciar sobre esses dois temas, ele jamais erraria. Os críticos disseram que a decisão tinha menos a ver com a doutrina católica do que com os objetivos politicos de Pio IX, o primeiro papa "infalível". LUXÚRIA - No início do cristianismo, os papas podiam se casar e ter filhos, assim como qualquer padre da época. Mais tarde, eles se tornaram os grandes defensores do celibato na Igreja. Isso não impediu que, no século 16, o pontífice Alexandre VI tivesse pelo menos nove filhos com três mulheres e ostentasse publicamente a amante Giulia "A Bela" Farnese.

Fonte: Aventuras na História - O lado oculto do Vaticano -

Edição 45 Maio 2007 - Editora Abril. 29/5/07