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"Não basta fazer coisas boas. É preciso fazê-las bem.!"

24/11/2010

CONCEITUAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E TIPOLOGIA DO BULLYING ESCOLAR



O que é Bullying?

Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro, causando dor, angústia e sofrimento e executadas dentro de uma relação desigual de poder.

Simplificando bullying é uma forma intencional e repetitiva de atitudes cruéis entre alunos.

- O que é Bully ou Bullies?

Bully é o indivíduo que pratica bullying.

Bullies é o plural em inglês de bully.

Bully significa “valentão”, que caracteriza o indivíduo como muito valente, decidido, intrépido, afoito, turuna, audaz, corajoso, que não tem medo, destemido, porém essas qualidades são usadas para abuso de poder, para tiranizar, fazer crueldade, oprimir, perseguir, ele é extremamente impiedoso e totalmente desprovido de amor.

- Onde ocorre?

A fenomenologia bullying abrange pessoas de todos os segmentos da sociedade, acontece onde há relacionamentos entre as pessoas, podendo ocorrer no trabalho e tem como títulos workplace bullying, mobbing ou assédio moral, na instituição militar e prisional, com a vizinhança, casas de saúde, orfanatos, na própria família, mas a propositura deste estudo está restrita ao Bullying Escolar.

- Como identificar a vítima: no papel de educador?

Observar atentamente as relações interpessoais, nos trabalhos em grupo ou jogos é o último a ser escolhido, alvo de “zoação”, caçoada, apelidos, é triste, deprimido, aflito, ansioso, irritadiço, agressivo, apresenta súbita queda no rendimento escolar não faz perguntas, não tira dúvidas, tem desinteresse pelos estudos, falta com frequência às aulas, apresenta arranhões, ferimentos, aluno isolado dos demais, apresenta material escolar e roupas danificados, é intimidado, perseguido ou maltratado, observar suas reações e expressão fisionômica, quando atacado.

- Como identificar o filho vítima: o papel da família?

Não quer ir à escola, pede para mudar de escola, não gosta da escola, na segunda-feira está triste, chora sem razão, tira notas baixas, pede dinheiro sem necessidade,tem pesadelos, pede para ser levado à escola, perde dinheiro e pertences,apresenta roupas e livros rasgados, some objetos de sua casa, apetite obsessivo,não convida amigos para ir a sua casa, fica aliviado na sexta-feira, feriados e férias, simula dores e mal estar, muda o trajeto, comenta que o professor é chato, não é convidado para festas ou casa de amigos, medo de ir e voltar sozinho, têm “ar” de assustado, se tranca no quarto, se isola, tristeza profunda.

- Como identificar: eu educador, se sou agente do bullying?

Comparam, constrangem, criticam, humilham, menosprezam chamam a atenção publicamente, mostram preferência em detrimento de outros, rebaixam a auto-estima e a capacidade cognitiva, agridem verbal e moralmente, fazem comentários depreciativos e preconceituosos.

- Como identificar as possíveis causas que faz um estudante, ser um agente do bullying?

Esperam que todos façam suas vontades, suas ordens sejam atendidas, gostam da sensação de poder, tem dificuldade de relacionamento, sofrem intimidações, são maltratados em suas casas, vivem sob pressão, são humilhados pelos adultos, sentem-se inseguras e inadequadas, já foram vítimas de algum tipo de abuso.

- Como identificar: que eu, educador, sou vítima do bullying?

São assediados sexual e moralmente, humilhados, ameaçados, ridicularizados, perseguidos pelos alunos.

- Como identificar: quem são os alvos do bully?

Geralmente apresenta físico frágil, muito baixo, usa óculos, obesidade, muito magro, apresenta deficiência física, têm muitas espinhas, timidez, introvertidos, traços diferentes do “padrão” nos aspectos culturais, étnicos ou religiosos.

- Como agir: se seu filho é o agressor?

Mantenha calma, não ignore a situação, não o agrida, nem o intimide, ele precisa de ajuda. Entre em contato com a escola; converse com professores e amigos que ajudem a identificar o problema, dar orientações e limites firmes para controlar seu comportamento, encorajar a pedir desculpas ao colega que ele agrediu valorizar, sua auto-estima, criar situações em que ele se saia bem, elogie e ame ele.

Considerações

Evidentemente, que essas crianças e adolescentes precisam de ajuda, mais do que de punição. Torna-se urgente dar assistência a elas, para que se possa interromper esse ciclo de violência que vai se instalando em suas vidas.
Pode ser que as crianças que sofrem bullying, não superem os traumas sofridos na escola; crescerão com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamentos e poderão assumir, também, um modelo de comportamento agressivo. Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o bullying. Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou vir a cometer suicídio.

Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que foram vítimas ou testemunharam as situações de bullying, quando percebem que o comportamento agressivo não traz nenhuma consequência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.
As testemunhas são a grande maioria dos alunos, elas convivem com a violência e se calam com medo de se tornarem as "próximas vítimas".

A escola precisa dar um passo à frente em termos de educação, e não só de ensino, pois tem a função social de desenvolver a cidadania, o respeito e à convivência com a diversidade. A escola não pode ficar desinformada ou fechar os olhos, tentando abafar o problema, agora o bullying não é mais uma violência velada, haverá possibilidades de percepção e ação dos professores.

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M. Rocha