06/09/2010
A banalização da forma de cantar dos jovens assembleianos
Tenho visto inúmeras uniões de jovens e adolescentes cantarem em diversas igrejas Assembleias de Deus espalhadas pelo mundo afora. Tenho notado que há um fenômeno estranho e infeliz que vem tomando conta da forma de cantar desses grupos: o desinteresse e a banalização no momento das apresentações (as oportunidades, no vocabulário assembleiano). Vejo que são poucos os conjuntos que, ao cantar, adoram a Deus, de fato, sentindo profundidade espiritual que a música traz e pensando na letra que está sendo cantada.
No último grupo desse padrão que eu vi se apresentar, a maioria dos componentes era formada por meninas, e o que me chamou atenção foi o estilo e a apresentação dos membros do conjunto.
Os meninos, achando que estavam abalando, usavam até cabelo moicano, jeans desbotados e roupas com estampas distorcidas e indecifráveis. As meninas, então, merecem destaque. A solista só pensava em arrumar o cabelo enquanto olhava pro nada, sem nem sequer se lembrar de que tinha um microfone em mãos e um playback rolando. Aliás, é difícil adorar a Deus quando a letra da música diz, entre outros trechos, "você vai ganhar", "você é o cara", "você é o dominador", “você vai subir como Zaqueu”, “você vai estar na plateia”...
Enquanto a solista cantava, as demais componentes ficavam procurando os meninos de outros grupos presentes. Outras riam. Sem contar as que demonstravam que estavam ali por pura “obrigação”. O grupo estava tão alienado que a música mal parou e todos já estavam sentados e dispersos, como se nada tivesse ocorrido.
Após a mensagem do pregador, notei que quase todos os componentes tinham saído do templo. Os que ficaram presentes, com expressões faciais mais tímidas, não valorizavam a mensagem. Eles estavam viajando no longínquo mundo da lua, alheios à exposição bíblica.
É claro que eu não posso generalizar esse fato a todos os conjuntos (muitos já viram que a União de Adolescentes Resplandecer, da AD – Templo Central/Recife[PE], por exemplo, foge desse padrão citado). Porém, a banalização do momento de louvor desse grupo, infelizmente, tem sido comum em muitos outros. Cada um de nós já viu exemplos de união de jovens e/ou adolescentes que, no máximo, cantavam balbuciando palavras musicadas.
É pela graça de Deus e pelo poder do Espírito Santo que muitos jovens têm permanecido na igreja por verem que o mundo não é o melhor lugar para se estar. Em contrapartida, vários deles vão à casa do Senhor com propósitos distintos e com motivações entediantes, diferentemente do que acontecia com Davi (Sl 122.1).
Qual seria, então, a explicação para esse fenômeno frio que está acontecendo com esse tipo de jovem assembleiano? Por que não há uma mudança no repertório visando o enaltecimento do Senhor nas canções? Por que não há uma orientação/educação sobre o que significa o louvor a Deus, ou será que os ensaios só têm servido como ponto de encontro, e os cultos como apresentações forçadas de músicas totalmente voltadas para o ego humano?
Deus sempre merece o pleno e sublime louvor de nós, humanos. É claro que Ele poderia dispensar nossas canções, tendo em vista os grandes corais celestiais e músicas angelicais que, sem parar, rendem louvor a Ele. Mas Deus quer ser exaltado pelos Seus servos, principalmente se lembrarmos que o antigo maestro dos céus, que caiu de lá como um raio, está buscando destruir ou dispersar qualquer forma de louvor a Deus a todo instante.
Portanto, que não só os jovens e adolescentes, mas toda a Igreja procure sempre enaltecer aquele que é digno de toda adoração! Como disse Davi, "cantai com arte e com alegria" (Sl 33.3).
Graduado em Gestão de Recursos Humanos pela FAM (Faculdade de Americana), sou um profissional dedicado a desenvolver e implementar estratégias eficazes de Recursos Humanos. Minha experiência me permite gerir pessoas de maneira eficiente, promovendo um ambiente de trabalho de alta qualidade e servindo como um agente de transformação nas organizações.
Minha pós-graduação em Docência do Ensino Superior, Teologia, Psicologia Social e Psicologia Organizacional pela Faculdade de Minas (FACUMINAS) ampliou minha compreensão e habilidades, permitindo-me atuar como professor na modalidade EAD (Educação a Distância).
Com uma abordagem pastoral, busco integrar meus conhecimentos teológicos e psicológicos em meu trabalho, promovendo um ambiente de empatia, compreensão e crescimento pessoal. Acredito que, ao nutrir o bem-estar espiritual e emocional dos indivíduos, podemos alcançar resultados mais significativos e duradouros.
Estou sempre buscando oportunidades para aplicar minhas habilidades e experiência em ambientes que valorizam a abordagem humana e pastoral na gestão de pessoas e educação.
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M. Rocha