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"Não basta fazer coisas boas. É preciso fazê-las bem.!"

25/05/2009

Projeto Haiti: Viagem Missionária

Se você esperava uma oportunidade para conhecer de uma maneira mais ampla o campo missionário temos certeza de que aqui em nosso portal com certeza você vai encontrar tudo aquilo que tem procurado.

Na realidade nossa intenção é levá-lo à íntegra do campo missionário, e temos trabalhado para que as imagens e o trabalho que realizamos sejam muito mais forte que mil palavras. Neste, por exemplo, te levaremos ao Haiti.

Com uma população de 7,5 milhões de pessoas o Haiti é o país mais pobre das Américas, com taxa de desemprego em cerca de 70%. Dois terços de sua população vive na mais absoluta pobreza. Muitas famílias sobrevivem com menos de um dólar por dia e a expectativa de vida da população é de apenas 45 anos. Isto é resultado de brutal pilhagem colonial e imperialista que o país sofreu ao longo de sua história.

Já não é de hoje que esse povo sofre: em menos de meio século a maioria de seus primitivos habitantes, mais de 300 mil índios taínos, havia sido exterminada, dizimada pela escravidão nas minas de ouro, ou em massacres e epidemias.

Mas voltemos ao presente, à minha viagem em particular, quando me defrontei com a “fronteira da morte”, a ponte que separa a República Dominicana com o Haiti. Da morte, pois é o que mais se vê naquele lugar, onde seres humanos são tratados como animais e, ao invés de comida, procuram lixo para se alimentar.

Matam-se por uma ou duas moedas, e por elas também fazem qualquer coisa.

E é exatamente isso que queremos mostrar nessa matéria e minha viagem juntamente com o Pr. Silas de Souza. Confesso que foi extremamente cheia de temores e receios.

Primeiro que eu só havia ouvido falar coisas péssimas, e é claro que isso nos deixa tensos. Quando se chega à fronteira parece que todas as notícias ruins vêm à sua mente de tal forma que chegamos a pensar muitas vezes se vale a pena entrar.

E para ajudar, quando fomos fazer as documentações na fronteira descobrimos que tudo funciona à base de corrupção, é preciso ter um dinheiro extra para poder comprar um, dois e todos quantos forem preciso para poder conseguir o que se quer. E o que nós queríamos era apenas entrar e visitar as escolas que os Gideões Missionários mantêm ali com nossos missionários.

Imaginem uma loucura, um corre-corre, pessoas por todo lado gritando, carregando em suas cabeças pesos incalculáveis, a maioria deles moribundos e maltrapilhos.

Um cheiro horrível, no mesmo lugar onde defecam e urinam fazem suas comidas, e por incrível que pareça as vendem.

Pela insegurança procuramos os soldados da ONU, conhecidos como os “capacetes azuis”, que tentam nos proteger, porém nos advertiram que a segurança continuaria sendo frágil, e que o uso de seu território por redes internacionais de tráfico de drogas e armas segue afetando sua estabilidade. Mas mesmo assim eles eram a nosso única forma de proteção.

Através deles e do Pr. Silas de Souza conseguimos alugar várias motocicletas para carregar as sacolas cheias de doações que foram levadas daqui do Brasil e a maior parte delas compradas na República Dominicana. Materiais didáticos, comidas, lanches e algumas roupas que seriam entregues aos alunos que mantemos em três escolas próximas à fronteira.

Assim que saímos em direção às escolas, bem mais no interior da cidade, me transformei em um centro de atenções pelo fato de ser muito branco e calvo, cheio de equipamentos no pescoço. Tive medo, mas ao mesmo tempo me causava graça ver tanta gente nas vielas e becos por onde passávamos rindo de mim por ser tão branco, tão feio e careca. Por incrível que pareça naquele momento quando via a coragem do Pr. Silas de Souza senti que era privilegiado pela oportunidade que Deus me dava em estar ali para fazer esse incrível documentário para que vocês pudessem assistir aqui no Brasil e em muitos outros lugares do mundo.

Fiquei feliz em saber que estava ali para tentar, de certa forma, mudar, na medida do possível, as vidas de algumas pessoas.

Preguei, cantei e dancei naquele dia de domingo. Entramos quase às sete da manhã e depois de visitar duas escolas e distribuir as doações e fazer muitas tomadas para o documentário fomos para a última escola onde estava sendo realizado um culto com a celebração da Santa Ceia do Senhor.

Amados, confesso que quando vi aquelas pessoas naquela manhã quente do Caribe, suando, mal vestidas, mas com um brilho em seus olhares, cantando e dançando, adorando a Deus, minhas forças se renovaram.

Há muitos anos eu sofria de uma úlcera em meu estômago, não me lembro de ficar um só dia sem dor de estômago e, nos dias de nossa viagem me retornou uma crise terrível. Comi algo estragado em Cuba e aquilo fez com que eu vomitasse sangue várias vezes.

Como já estava havia vários dias sem me alimentar bem me encontrava meio fraco, mas piorei quando vi o pão e o vinho que seria distribuído na Ceia.

O pão era um pedaço de alguma coisa que não consegui definir muito bem, mas era algo preto e com uma aparência horrível, o cálice nem se fala; nunca soube dizer o que era.

Ao ver aquilo meu estômago se contorceu, e imaginei que com certeza se eu colocasse aquilo dentro de mim morreria. Torci para ser o último a participar e para que acabasse o “pão e o vinho”. Suava frio pela dor e fraqueza, em um momento baixei minha cabeça e orei a Deus, dizendo: “Senhor, não aguento mais essa dor”.

Vi que o missionário Titiz, um haitiano, pegou meus pés, tirou minhas botas e meias e colocou meus pés dentro de uma velha bacia de alumínio, e falando em línguas começou lavar meus pés. Não entendi o porquê daquilo. Mas quando eu sentia que ele lavava meus pés com tanto carinho, e aquelas línguas estranhas em meus ouvidos, tive um sentimento que nunca havia tido em minha vida. Senti que uma mão apertava meu estômago, e quando senti isso, ouvi uma voz em meu coração: “Meu filho, Eu me manifesto a ti aqui neste lugar para mostrar-lhe que Eu habito no meio dos louvores, e quando meu povo me adora a minha presença é real”. Deus me levou ao mais miserável país do mundo para me curar e provar para mim mesmo que Ele é o Senhor, que não olha para a posição social de ninguém e que Ele é espírito e importa que seus adoradores o adorem em espírito e verdade.

Até o presente momento que escrevo essa matéria não me lembro de ter tomado mais nenhum tipo de medicamento para aquela dor ou infecção. Isso é a obra missionária, isso é o fruto da obra missionária.

Mas quero convidá-lo a assistir o DVD do projeto Haiti, “Na fronteira da Morte”, e conferir cada minuto que passei ali na agradável companhia de meu amigo Pr. Silas de Souza, que tem um grande ministério e desbravou não apenas o Haiti, mas outros países com a palavra de Deus.

Pr. Ivandro Morim
Editor revista Vida Missionária
Marketing Gideões Missionários da Última Hora.

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M. Rocha