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"Não basta fazer coisas boas. É preciso fazê-las bem.!"

12/04/2009

AS ESCRITURAS E A OBEDIÊNCIA


 

Todos os crentes professos estão acordes, pelo menos quanto à teoria em que é dever obrigatório daqueles que trazem o nome de Cristo honrá-Lo e glorificá-Lo neste mundo. Todavia, acerca de como isso deve ser feito, acerca do que Deus exige de nós quanto a essa finalidade, há imensa gama de opiniões. Muitos supõem que honrar a Cristo meramente significa unir-se a alguma "igreja", tomando parte de suas várias atividades e dando-lhes apoio. Outros imaginam que honrar a Cristo significa falar a Seu respeito a outros, ocupando-se diligentemente no "trabalho pessoal de evangelização". Outros parecem sentir que honrar a Cristo significa pouco mais do que fazer contribuições financeiras liberais em benefício de Sua causa.

Poucos, realmente, são os que percebem que Cristo só é honrado quando vivemos santamente para Ele, e isso se andarmos em sujeição à Sua vontade revelada. Poucos são os que verdadeiramente acreditam naquela palavra que diz: "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de carneiros" (I Samuel 15 :22).

Não seremos crentes, sob hipótese alguma, a menos que nos tenhamos rendido totalmente a Cristo e que tenhamos recebido a Cristo, "... o Senhor... " (Col. 2:6). Queremos instar com o prezado leitor para que pondere diligentemente sobre essa declaração acima. Satanás anda enganando a muitos, hoje em dia, levando-os a suporem que estão confiando na "obra consumada" de Cristo, para salvação de suas almas, ao mesmo tempo que seus corações permanecem inalterados e que o "ego" continua a governar as suas vidas. Ouçamos o que diz a Palavra de Deus: "A salvação está longe dos ímpios, pois não procuram os teus decretos" (Salmos 119:155).

O prezado leitor realmente busca os decretos de Deus? Você pesquisa com diligência a Sua Palavra, para descobrir o que Ele ordenou? "Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade" (I João 2:4). O que poderia ser mais claro do que isso?

"Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? " (Lucas 6:46). A obediência ao Senhor na vida diária, e não apenas na forma de palavras ribombantes nos lábios, é o que Cristo exige. Que mensagem perscrutadora e solene é aquela que se acha em Tiago 1:22: "Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos!" Existem muitos "ouvintes" da Palavra, ouvintes regulares, ouvintes reverentes, ouvintes interessados; mas, infelizmente, aquilo que ouvem não incorporam em suas vidas – a Palavra não guia o seu caminho. E Deus é quem diz que aqueles que não são praticantes da Palavra meramente enganam a si mesmos! 

Desafortunadamente, quantos existem assim na Cristandade, nesta nossa época! Não são hipócritas desavergonhados, mas apenas estão iludidos. Supõem os tais que em face de serem tão claros seus conceitos sobre a salvação só pela graça, que eles estão salvos. Supõem, igualmente, que por estarem sob o ministério de um homem que "fez da Bíblia um livro novo" para eles, que já cresceram na graça. Supõem que por terem aumentado o cabedal de seus conhecimentos bíblicos, aumentou também a sua espiritualidade. Supõem que o mero ouvir a um servo de Deus, ou que a mera leitura de seus escritos os alimenta com a Palavra. Nada disso! "Alimentamo-nos" com a Palavra de Deus somente quando nos apropriamos dela pessoalmente, quando mastigamos e assimilamos em nossas vidas aquilo que ouvimos ou lemos: Sempre que a vida não se amolda mais perfeitamente à Palavra de Deus, desde o coração, o conhecimento acrescido somente servirá para agravar a condenação da alma. "Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites" (Lucas 12 :47).

". . .que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade" (II Timóteo 3:7). Essa é uma das mais proeminentes características dos "tempos perigosos" que atualmente atravessamos. As pessoas ouvem um pregador após outro, vão a esta e aquela conferência, lêem livros e mais livros sobre temas bíblicos, e, no entanto, jamais chegam a ter um conhecimento vital e prático da verdade, de tal modo que o seu poder e eficácia fiquem impressos sobre suas almas. Existe aquilo que poderíamos chamar de hidropisia espiritual, e multidões estão sofrendo desse mal. Quanto mais ouvem, tanto mais desejam ouvir: bebem sermões e discursos com avidez, mas suas vidas em nada se modificam para melhor. Antes, sentem-se orgulhosos de seu conhecimento, e não se humilham no pó diante de Deus. Mas a fé dos eleitos de Deus consiste no "... pleno conhecimento da verdade segundo a piedade.... " (Tito 1:1), ainda que isso seja ignorado pela vasta maioria.

Deus nos deu a Sua Palavra não apenas com o intuito de instruir-nos, mas também com o propósito de orientar-nos – para que soubéssemos o que Ele requer que façamos. A primeira coisa de que precisamos, pois, é do claro e distinto conhecimento de nosso dever; e a primeira coisa que Deus requer de nós é a prática conscienciosa do dever, que corresponda ao nosso conhecimento. "E que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus? " (Miquéias 6:8). "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem" (Eclesiastes 12:13). O Senhor Jesus salientou a mesma particularidade, quando disse: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando" (João 15:14). 

A. W. Pink 

Original em inglês:

PROFITING FROM THE WORD 

 Copyright © I. C. Herendeen 

2 comentários:

  1. Obedecer de coração à palavra de Deus é melhor do que qualquer forma exterior de adoração, serviço a Deus, ou abnegação pessoal. O culto, a oração, o louvor, os dons espirituais e o serviço a Deus não têm valor aos seus olhos, se não forem acompanhados pela obediência explícita a Ele e aos seus padrões de retidão.
    A paz

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  2. Obedecer de coração à palavra de Deus é melhor do que qualquer forma exterior de adoração, serviço a Deus, ou abnegação pessoal. O culto, a oração, o louvor, os dons espirituais e o serviço a Deus não têm valor aos seus olhos, se não forem acompanhados pela obediência explícita a Ele e aos seus padrões de retidão.
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M. Rocha